Coletes 8 x 11 Tátá c/Companhia mais forte

Após as polémicas declarações de Luís Candinga Tátá no final do último encontro de quarta-feira, a convocatória foi ao encontro das suas intenções, em prol de umas equipas mais equilibradas, segundo a perspectiva do próprio.

Deste modo, jogaram:

Coletes: 8

• Manel, boa exibição, aliás, não sabe jogar mal. Agressivo e com uma técnica claramente acima da média dos Meninos do Sr. Fernando, desiquilibrou positivamente a sua equipa, contribuíndo para a incerteza do resultado até final;
• Nelson, não deu continuidade à sua onda de vitórias. Menos interventivo em relação aos últimos 3 jogos, apresentou uma postura mais desconcentrada. Mesmo assim apresenta níveis físicos e técnicos superiores ao que apresentou no primeiro terço da época. O final da época continua a prometer para ele;
• Vítor, passou ao lado de uma exibição positiva, tentou, em muitas ocasiões, por acções individuais romper por uma defesa contrária concentrada e agressiva, não conseguindo impor o seu jogo;
• Cunha, talvez o melhor jogador em campo, agressivo, rápido e incisivo, com o melhor golo da temporada dos Meninos do Sr. Fernando, contribuiu, a par de Manel para a incerteza do resultado até final;
• Rochemback da Tela, passou ao lado do jogo, acabando mesmo por acabar com um susto no joelho esquerdo. Contudo, as suas protecções da Vulkan fazem com que já esteja apto para o próximo jogo.

Tátá c/Companhia mais forte: 11

• Luís Candinga Tátá, a sua memória curta fez com que se apresentasse em campo com uma atitude mais parecida com aquela com que estamos habituados. Agressivo, rápido e concentrado foi um dos elos mais fortes da sua equipa;
• Ricardo Rodrigues, após, quase 2 meses, de ausência regressou em boa forma aos Meninos do Sr. Fernando, com pormenores técnicos muito apreciáveis, pese embora levando, em muitas ocasiões, por excesso a bola, perdendo-a para a equipa contrária. A defender esteve irrepreensível;
• Tiago Silva, regressou às vitórias dos Meninos do Sr. Fernando, após 2 derrotas consecutivas. O jogador mais regular e constante da sua equipa, foi nos momentos mais intensos do jogo que a sua qualidade sobressaiu;
• André Gomes, um regresso em cheio à quarta-feira, onde limou o seu ponto menos positivo, a finalização, assinando a maior parte dos golos da sua equipa, concretizando praticamente todas as situações de desiquilíbrio que os seus companheiros de equipa criaram;
• Dias, com uma prestação regular e concentrada, pecou apenas pela camisola que apresentou em campo, não pela cor, mas pelo símbolo apresentado junto do peito. Em muitas ocasiões fez-se confundir com a forma de jogar de Reyes ou Di Maria, rápido, boa técnica e com um remate forte e colocado.

Perante este cenário, onde apenas se notou a ausência dos fixos Afonso, a contas com uma lesão na costela, e Mbo Mpenza, emprestado por 1 mês ao Ferroviário de Maputo, contou-se com a presença dos "suplentes", praticamente fixos, Dias e Manel, este último que regressou aos Meninos do Sr. Fernando após 2 jogos de castigo, fruto da ausência de última hora, do penúltimo jogo de quarta-feira.

O jogo contou ainda com Ricardo Rodrigues, após lesão de 2 meses, depois uma grave entorse contraída no último jogo do mês de Janeiro, dos Meninos do Sr. Fernando. André Gomes, ausente das partidas de quarta-feira por indícios de pubalgia, regressou também ao lado de Tátá e Companhia, para que o mesmo não se pudesse queixar no final do jogo pela constituição inicial das equipas.

Quanto ao jogo propriamente dito, a equipa de coletes, face à presença de fixos e de suplentes fixos, não pode contar com Artur Freitas, claramente um dos elos desiquilibradores da equipa. Com Rochemback, Nelson e Vítor em níveis inferiores, Cunha e Manel não foram suficientes para contrariar uma equipa contrária claramente mais organizada e com maior fulgor físico.

O resultado de 11 - 8 para o lado de Tátá c/companhia não reflecte propriamente o jogo equilibrado e a incerteza do resultado que se manteve até aos instantes que o Sr. Fernando entrou no ginásio para soar o apito final do encontro.

No final, a justiça do resultado fez a delícia de Tátá que não teve argumentos para contrariar a constituição das equipas, pese embora se saísse derrotado, não seria surpresa nenhuma, perante os bons momentos de futebol que a equipa de coletes apresentou, sobretudo por Manel e Cunha, autor do melhor golo da época até então, após a marcação de um livre directo a meio do meio campo, com um potente remate ao ângulo superior direito da baliza defendida por Dias.

MVP: Cunha, para além do golão que marcou, foi o elo mais forte em todo o encontro.